quinta-feira, 19 de maio de 2011

Notas de um Improvável Futuro

Imagine o cenário: o arqueólogo (humano, alienígena, robô, whatever) escava, o suor (ou líquido verde brilhante, óleo, whatever) corre por seu rosto.

Ele achou alguma coisa, resquícios daquela raça rosada, bípede e egocêntrica, que por culpa de alguma bomba atômica qualquer, ou virose qualquer, ou uso excessivo de celular, ou qualquer outra coisa, acabou sendo extinta: os seres humanos, aquela raça que apitava bastante por aí em meados do século XXI.



Mais, o que ele encontrou foram amostras de objetos artísticos do século XXI, finalmente vai saber como seus antepassados (ou vizinhos de galáxia, ou inventores, whatever) viviam a uma pentalhada de anos atrás.

Bom, o que que ele acha? O cinema não é uma boa aposta. A cada troca de tecnologia cada vez mais filmes se perdem. Como eu duvido muito que existam blu-rays daqui a 200 anos, é provável que boa parte da história cinematográfica se perca pelo caminho.

Cinema 0, tempo 1.



A música sofre o mesmo problema, ainda mais com a desincorporação da música (MP3? Alguém?), música 0, tempo 2.

Nas condições ideais, a literatura permanece, com certeza, mas o idioma muda, quem tentou ler qualquer coisa do século XVIII sabe do que estou falando.

Os quadrinhos também permanecem, quem diria? E sendo lidos com mais facilidade devido às imagens e textos. Com a vantagem de ter zero de tecnologia.

Quadrinhos 1, tempo 0? Ora, vejam só parece que são os gibis que no fim das contas é que vão herdar a terra.

Vamos dar trabalho para nossos historiadores.

Quem diria...

Fábio Ochôa

2 comentários:

  1. A tecnologia que facilita nossa vida pode se perder no decorrer do tempo. Temos como exemplo a técnica de pintura em parede utilizada aqui em Pelotas no século 19. Não há documentação e ninguém sabe como fazer. Fazendo um anaogismo, o mesmo ocorre com cartuchos de Atari. Meu primo tem mais de 40 jogos, mas não encontramos um console nem controles para jogar.
    Talvez os "arqueólogos" que narraste achem que fomos um povo forte, batalhador, de belas mulheres, de homens sarados, com superpoderes, ou mesmo de animais que usam roupas e falam como gente, tomam banho em uma piscina de moedas douradas...
    Os quadrinhos resistirão, mas os que foram dgitalizados e estão na Internet, não.

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  2. A idéia do post veio da GNT, vi zapeando, que 87% dos filmes produzidos antes de 1920 desapareceram com o tempo.
    Outro dado que me lembro, era -não lembro de onde eu li- sobre o museu da Internet, que havia um cidadão coletando páginas e mais páginas de web porque segundo ele, toda a história inicial da Internet -1996 para baixo- estava já irrecuperavelmente perdida.

    Expandindo um pouco mais a idéia, é incrível pensar em quantos livros, peças e canções já se perderam com o tempo.
    E de quantos potenciais Shakespeares o tempo nunca teve piedade.

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