quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A terra que o tempo esqueceu e o povo que a terra esqueceu

Por Rafael


Desde que meu amigo Maurício conseguiu esses dois clássicos, não canso de assistir. Já vi os 2 duas vezes na seqüência, com grupos de amigos diferentes. Os dois são clássicos, cheios de efeitos especiais, muito bons para a época.





A terra que o tempo esqueceu
(The land that time forgot - 1974)


O filme é baseado no livro de mesmo nome de Edgar Rice Burroughs, mesmo criador de Tarzan, e marca o cinema como sendo um dos primeiros filmes envolvendo dinossauros, filmado da maneira tradicional e não em stop-motion.


A história começa com um velho marujo encontrando uns manuscritos numa garrafa que boiava no mar. Ele começa a ler e o filme mostra a história  escrita, contando que em 1916, durante a 1ª Guerra Mundial, um navio inglês é afundado por um submarino alemão. Parte da tripulação (americanos e ingleses) se salva em um bote e, quando o submarino alemão emerge, eles o invadem com pistolas e pedaços de pau e rendem a tripulação - afinal, que alemão seria páreo para americanos com pedaços de pau na mão?


Eles resolvem direcionar o submarino pra Inglaterra, mas os safados dos alemães sabotam a bússola e eles vão parar nas misteriosas águas da América do Sul. Uma reviravolta acontece até que eles se perdem... mais ainda.


Em meio a icebergs, eles encontram uma grande massa de terra e concluem que é o lendário continente de Caprona! Dirigindo o submarino rio (sim, rio) adentro, a tripulação percebe que Caprona é um continente tropical cheio de animais pré-históricos e homens da caverna!


Enfim, vou parar de tirar o tempo o filme... A história é cheia de frias, mas os efeitos são bons pra um filme de 74. Os dinossauros são tão bons quanto os monstros dos filmes do Jaspion. Vê-se as cordas que puxam eles apenas algumas poucas vezes.


Mas o interessante nisso tudo é a clara visão de superioridade americana, que não é levemente oculta, como nos filmes de hoje, mas escrachada de forma mais explícita possível. Eles resolvem tudo dando uns tiros pra cima,  afugentando dinossauros e homens pré-históricos.





O povo que a terra esqueceu
(The people earth forgot - 1975)


Nessa continuação, uma expedição é montada para resgatar um amigo que ficou pra tras no filme anterior. Eles vão com um navio até próximo a Caprona e seguem a viagem num hidroaéreo. A equipe é composta do piloto do hidroaéreo, o mocinho do filme, um historiador e paleontólogo gordo e almofadinha e uma repórter pra fazer par romântico com o mocinho (ou vocês acharam que só em Transformer tinha esse tipo de engembramento?)


O "teco-teco", logo ao entrar na misteriosa ilha já é atacada por um pterodátilo! Provavelmente um pterodátilo do tipo que não gosta de aviões. O piloto dá umas 23 ou 75 rajadas com uma metralhadora giratória e nada de acertar o travesso bichano. Vai quase 15 minutos do filme nessa "perseguição". Lembra Kubrik, no 2001, quando o cara tá no espaço, sozinho e só se ouve o batimento cardíaco dele, sabem?


O avião aterrissa, mas avariado. Aí vem uma cena incrível, onde eles querem puxar o avião pra mais adiante, amarram-no no rabo de um dinossauro que está pastando e dão uns tiros pra cima!!! É demais! Aliás, eles resolvem várias situações dando uns tiros pra cima! Uma terra inóspita, apenas uma pistola e tiro e tiro!


Enfim, eles encontram uma mulher pre-histórica capa da Playneandertal, encontram um chefe do mal gordo e careca, encontram "cavaleiros mongóis", dinossauros que depois foram usados nos episódios do Jaspion e o tal amigo perdido. Mas quem ficou muito de cara no Resgate do Soldado Rian, ao ver a cara do Tom Hanks quando o Rian diz que não quer ir, nem veja esse filme...


No mais, brincadeiras à parte, recomendo os dois, na seqüência. É muito bom fazer um comparativo da "propaganda americana" da época e a de hoje. Os efeitos são interessantes pra época e os atores... bem, são ruins, mas é só um detalhe.



8 comentários:

  1. Que mulher das cavernas bem jeitosa!

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  2. Na época das cavernas já existiam cabelereiros?

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  3. Não seja bobo, claro que não existia cabelereiro! Mas também não existia vento na idade da pedra, por isso o cabelo dos neandertais são sempre encontrados intactos e perfeitos em seus filmes e fotografias.

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  4. Caramba, eu vi o primeiro desses filmes em mil novecentos e coca-cola com rolha, e lembro que a coisa que mais me deixou indignado foi o fato de que a munição das armas dos caras não acabava nunca. Na época eu acreditava que dinossauro bom era dinossauro morto e no museu. Bem, a gente muda. Eu nem imaginava que tinham feito uma continuação. E depois somos nós, brasileiros, que não desistimos nunca.

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  5. Pois é Jacques. Cara de pau! Fizeram sim uma continuação hehehe. Mas, com sinceridade, vale a pena ver. As balas nunca acabam, pois eram armas americanas especiais da época, de munição infinita. Hoje em dia não se fabricam mais elas... quem mandou todo mundo quere usar as Automat Kalashnikov russas? As mesmas armas de munição infinita são usadas em Rambo e Alan Quaretermain e a Cidade de Ouro Perdida.

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  6. [...] que ele teve) e fica na volta só esquentando, que nem chapa de bauru. Lembra até os filmes A terr que o tempo esqueceu e O povo que a Terra esqueceu, pois eles ficam de frescurinha e todo mundo sabe o que vai rolar quando a historinha [...]

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  7. Olá Rafael!
    É realmente fantástico estes filmes e gostaria de saber se existe algum lugar (sites, lojas, etc) que possa comprá-los com legendas e dublagens originais? Se souber, por favor indique, ok?
    Obrigado pela atenção!

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