quinta-feira, 15 de setembro de 2011
A Trilogia Marciana de Michael Moorcock
Famoso por ter criado o espadachim feiticeiro Elric de Melniboné e o termo “Multiverso”, o escritor Michael Moorcock (assim como Edgar Rice Burroughs) utilizou o exuberante e super povoado passado fictício do planeta Marte como pano de fundo para sua trilogia literária composta por A Cidade da Neblina Verde (City of the Beast), O Senhor das Aranhas (Lord of the Spiders) e Os Senhores do Fosso (Lords of the Pit), pela Publicações Europa-América.
A história começa quando o físico Michael Kaine, sofrendo um acidente com um transportador de matéria em um laboratório, é transportado para o planeta Marte de milhares de anos atrás, quando este era uma mistura da Era Hiboriana de Conan com a clássica série de livros Duna, de Frank Herbert.
Neste ambiente exótico, o desnorteado Michael faz amizade com a bela princesa (SIM! SEMPRE tem uma princesa na história... E SIM! É claro que ela é linda) Shizala e Movat Jard e Hool Haji, guerreiros Argzoon (também conhecidos como Gigantes Azuis, com mais de três metros de altura) que o auxiliam na difícil tarefa de manter-se vivo em duelos de espada, batalhas campais e o que mais aparecer pelo caminho.
Mas como é que um cientista com físico de corretor da bolsa se torna um Allan Quatermain de uma hora para outra?
Bem... Vamos dizer que a foi uma questão de necessidade e não de escolha.
[caption id="attachment_3876" align="alignright" width="73" caption="Kaine e Shizala"][/caption]
Moorcock povoou este Marte com criaturas interessantes: o dahara, animal de carga e montaria (uma mistura de canguru com chimpanzé), o heela (lagarto de oito patas e duas cabeças), o rheti (arganaz onívoro do tamanho de um elefante adulto), os Hahg (antropocães), os Purha (antropogatos), os n’ heer (serpentes carnívoras com cabeça de peixe-espada), os Jihadoo (homens azuis alados), a Mãe-do-Mar (serpente marinha gigantesca com cabeça de besouro), entre outros.
E em sua jornada por aquele planeta, Kaine se utiliza de algumas máquinas (como aeronaves e um transmissor telepático que o ensina a falar marciano) que restaram da chamada “Guerra Poderosíssima”, que ocorreu séculos atrás e mergulhou Marte (ou Vashu, como é chamado por seus habitantes) na tecnofobia e superstição.
De leitura fácil (sem a trama complicada e os exageros narrativos de Elric), sem termos técnicos nerds inúteis e intelectualmente pretensiosos, esta trilogia fornece ao leitor ficção científica de qualidade, unindo diversão com algumas pitadas filosóficas úteis.
Algo que a simplicidade e genialidade de Michael Moorcock faz parecer algo fácil de fazer.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Este é um autor que eu tenho que descobrir ainda.
ResponderExcluirDele li só um livro do Elric (em portugueish de portughal) que achei bem legal, mas deu aquela sensação de já ter pego o bonde andando.
Por enquanto estou me dedicando ao J.G. Ballard e ao Edmond Cooper nos meus momentos de folga.
A saga do Elric é confusa mesmo, Ochôa.
ResponderExcluirEsta trilogia do post também foi publicada em português de Portugal, o que não chega a atrapalhar a leitura.
Estes autores que citastes eu não conheço, vou dar uma pesquisada sobre eles.
O Ballard recém agora comecei a ler coisas dele, uma coletânea de contos chamada O Homem Impossível, muito boa.
ResponderExcluirDos livros dele saíram pro cinema o Império do Sol, o Crash- Estranhos Prazeres e o Tropas Estelares.
Ou seja, o cara é o alhos com bugalhos.
O nome do cientista era Michael Kaine mesmo? O Michael Caine da vida real interpretou um pseudo-cientista naquele filme muito bom chamado "O Enxame", que passou tanto ou mais vezes no SBT que Lagoa Azul na Globo.
ResponderExcluirQuero uma resenha de Elric... Que tal Jacques?
ResponderExcluirPor sinal, que dificuldade de achar Elric e Monstro do Pântano, segue a busca...
Já tá pronta, Valim, é só clicar no link da primeira frase do post.
ResponderExcluirMané...