domingo, 13 de março de 2011

Automan – O (infame) Homem-Automático

Por Jacques


Nas séries de tv da década de 60 tivemos a ficção-científica light, na de 70 o super policial durão que atuava acima da lei e na de 80, além dos megaturbinados super veículos, tivemos o herói bonzinho que tinha “habilidades incomuns”, por assim dizer.


A inocência, aliada ao bom humor e à falta de noção eram os principais ingredientes das séries daquela época.


Automan - o Homem Automático (que era uma mistura de Tron com o personagem O Santo, vivido no cinema por Val Kilmer), foi uma das muitas séries daquele período produzida por Glen A. Larson e contava as aventuras de Walter Nebcher (Desi Arnaz Jr), um policial manerd de Los Angeles que, um belo dia, a la Mulher Nota 1000 (mas sem utilizar nenhuma boneca), resolve criar em computador um homem artificial para ajudá-lo a ser menos Zé Ruela.




Automan (Chuck Wagner) era materializado (o que consumia grande quantidade de energia, para o desespero dos outros policiais do prédio) através de Cursor (um programa holográfico luminoso) e tinha personalidade (de um personagem de série da década de 80, o que não era lá grande coisa...) e um corpo que podia alternar entre sólido e intangível, disparar eletricidade pelas mãos e era invulnerável a balas.




[caption id="attachment_3654" align="alignright" width="240" caption="Supermáquina? Quase isso..."][/caption]

Um detalhe curioso era que Walter e Automan podiam fundir seus corpos em um só, o que normalmente gerava boas piadas.


Era o velho clichê do herói bonitão e seu amigo socialmente deslocado, só que com veículos absurdos.


E um detalhe infame da série era que, quando anoitecia, Automan enfraquecia (?!) porque muitas pessoas estavam voltando do trabalho e ligavam seus eletrodomésticos, o que consumia muita energia elétrica (!?), mas bastava ele estar perto de uma tomada para conseguir se recarregar.



Outro detalhe bizarro era que os pcs da série funcionavam sempre (fala sério...).


Os veículos utilizados por ele, como o carro de aspecto futurista (famoso por realizar “curvas de 90 graus”, acima), a moto, o helicóptero, a aeronave e o vasto figurino usado pelos diferentes disfarces de Automan (que atuava sob a identidade de “Otto J. Man”) também eram materializados por Cursor.


Suas aventuras eram bem ingênuas, sem muita enrolação nem complicação; havia o criminoso (ou um bando deles), a Polícia não sabia o que fazer para pegá-lo e Walter se via obrigado a recrutar Automan para resolver a parada.


Era mais ou menos o que vem acontecendo com o Batman há décadas, com a diferença que as histórias se passavam de dia e o protagonista principal não era milionário.




[caption id="attachment_3655" align="aligncenter" width="300" caption="Autonave... Avançada, para a época"][/caption]


Automan era uma série propositadamente descompromissada, divertida, ingênua e pretensamente “avançada”.


Isso fez dela um programa agradável de assistir.


E quem foi criança naquela época, aprovou.

6 comentários:

  1. Era muito legal, lembro de bons momentos assistindo o Automan, mas não lembrava do nome da série de jeito nenhum.

    Outra muito divertida desse período era aquela do cara que se transformava em animais.

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  2. Acho que tu deve estar se referindo ao Manimal, que tinha 4 ou 5 transformações no máximo.

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  3. [...] a diferentes programas de computador em forma holográfica (semelhantes ao Cursor, do seriado Automan) que invadiam computadores e maquinário alheio para realizar diferentes funções (hoje isso é [...]

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  4. A Moto Laser já foi citada em um post anterior, Joel.
    É só clicar no link "super veículos" ali no primeiro parágrafo.
    Valeu.

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  5. [...] que o super veículo mais famoso daquela época (além dos que o Automan usava) tenha sido A Super Máquina (Knight Rider, criada por Glen A. Larson e pilotada por Michael [...]

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