Magic The Gathering – O melhor card game do mundo

Por Jacques

Se o que você procura em um jogo é apenas diversão e nada mais, jogue videogame; se quiser se divertir usando a inteligência, sagacidade, astúcia (mas sem desprezar a sorte), jogue rpg, jogos de tabuleiro ou Magic.

Criado por Richard Garfield (inicialmente chamado singelamente de “As Cinco Cores da Magia”) e lançado em 1993 pela empresa Wizards of the Coast, o Magic foi lançado na forma “vamos ver no que vai dar”, e o resultado foi um crônico e estrondoso sucesso de vendas.

A explicação para isso é que, além do jogo reunir duas das mais insaciáveis manias (loucura, em grego) humanas, que são jogar e colecionar; a versatilidade (existem diversos tipos diferentes de baralho) do Magic, aliada à sua dinâmica de jogo, que é bem diferente dos outros card games, fazem dele um jogo único.

 No Magic, as cartas representam mágicas, e para se fazer estas mágicas e colocar criaturas em jogo, é preciso que se pague o “custo” delas (que é mostrado no canto superior direito da carta), o que é feito através das fontes de “mana”, que é a energia com a qual as mágicas são feitas.

O mana pode ser gerado principalmente através de cartas de terreno, que obrigatoriamente devem ser virados em 90° para a esquerda;  e permanecem virados até passar a vez do oponente jogar, no próximo turno do jogador que os virou.

Isto quer dizer que, se seu adversário virou todos os terrenos (e demais fontes de mana) dele, ele temporariamente não tem como fazer mágicas, o que facilita o jogo para você, pois, assim, suas mágicas não poderão ser interrompidas e suas criaturas não poderão ser alvo de mágicas.

Ou seja, você tem como saber quando seu oponente pode ou não realizar ações.

É desta maneira (mais coerente do que nos outros card games, onde as cartas não possuem custo nenhum e aí vira uma bagunça) que o Magic se popularizou no mundo inteiro.

O que ocorre atualmente com muitos jogadores novatos é que eles acham que Magic é como WOW (em que se pode apelar para sites específicos para se saber onde ir e o que fazer) ou GTA (em que dá para se usar cheaters, que tiram toda a graça do jogo) onde, em cinco minutos, estarão sabendo tudo o que precisam saber sobre o jogo e que vai ser moleza jogá-lo.

Acontece que, no Magic, não é bem assim que a banda toca.

Como o jogo possui uma dinâmica própria, diversas regras, habilidades novas a cada nova coleção e milhares de cartas diferentes (muitas delas só para fazer volume), seu aprendizado não é dos mais fáceis, o que o torna pouco atraente.

O que é comum de acontecer é que os iniciantes começam a jogar, perdem para todo mundo (o que é perfeitamente normal) e não aprendem com as derrotas, daí acham que estão perdendo por terem cartas ruins, gastam uma boa grana em cartas (ou copiam baralhos da internet) e seguem perdendo.

Resultado: se irritam, começam a achar que o jogo é “complicado demais” e desistem.

O Magic é complexo, mas não é complicado.

Além da diversão proporcionada, outro atrativo do jogo é as ilustrações das cartas, realmente magníficas em muitos casos, reunindo artistas como John Avon, Rebeca Guay, Kev Walker, Quinton Hoover, Richard Kane Ferguson, Greg Staples, Rob Alexander, D. Alexander Gregory, Di Terlizi, entre muitos outros.

Magic é uma boa maneira de se fazer novos amigos e estimular o chamado “pensamento lateral”, que é uma forma de se raciocinar em termos de possibilidades; e, enquanto os outros card games vem e vão, ele permanece.

Simples assim.