domingo, 23 de maio de 2010

Meu nome é Connery… Sean Connery

Por Jacques


Sean Connery pode ser definido como um Chuck Norris que deu certo.


Desde sua estreia nas telas, em 1954, com Lilacs on the Spring (aparentemente sem tradução para o português), de Herbert Wilcox , Sean Connery deu vida a personagens que o tornaram um ícone (ainda) vivo do cinema.


O papel que tornou Connery famoso foi o super agente secreto criado por Ian Fleming, James Bond, o 007 (que não é super-herói nem personagem dos primeiros filmes do Jet Li, mas fazia e ainda faz purê das leis da Física), o estereotipado inglês metido a sabe tudo que é prática e virtualmente imortal.


Tecnicamente imortal também era Juan Sanchez Villa-Lobos Ramirez, aliado de Connor MacLeod, em Highlander, O Guerreiro Imortal, de Russel Mulcahy, que deu sua vida para tentar deter Kurgan, que estava disposto a aniquilar todos os outros imortais, e, assim, trazer uma era de escuridão ao mundo.



Uma forma semelhante de escuridão foi combatida por outro personagem memorável de Connery, William de Baskerville, na célebre adaptação do livro homônimo de Umberto Eco, O Nome da Rosa, de Jean-Jacques Annaud.




[caption id="attachment_3857" align="alignright" width="198" caption="Os personagens de Connery vão do fodástico Ramirez..."][/caption]

Neste filme, o frei William, mentor do noviço Adso de Melk (interpretado por Christian Slater), tem a função de investigar uma morte ocorrida em uma abadia isolada, e seu uso do raciocínio e da lógica, aliado ao seu orgulho e rixas antigas com o inquisidor Bernardo Gui, o colocam em choque contra os representantes da Inquisição, que enxergavam o Mal até em um pedaço de pão com manteiga (e não podiam agir de outra forma, pois, sem o Mal, sua religião perde todo o sentido).


Sem sentido também teria sido a Terceira Guerra Mundial, que quase foi deflagrada por outro personagem inesquecível de Connery, o comandante Marko Ramius, no filme A Caçada ao Outubro Vermelho, de John McTiernan, adaptado do livro de Tom Clancy.


Aqui, para vingar a morte de sua esposa (ocasionada por negligência médica e medicação adulterada, fato este que foi suprimido no filme), Ramius resolve entregar de bandeja para os EUA o mais moderno submarino nuclear soviético existente (equipado com um revolucionário (e fictício) sistema de propulsão lateral, o que o tornava praticamente indetectável), e, para isso, tem de enganar sua tripulação, escapar da esquadra russa (que pretende afundá-lo (em definitivo)) e contatar os americanos e convencê-los de que não é inimigo.


Moleza...



Na linha “Tá ruim, mas tá bom...” dos personagens de Connery  podem ser citados o pedante e obcecado Indiana Jones Pai (que, neste universo, foi pai aos 12 anos) em Indiana Jones e a Última Cruzada, do Michael Bay com talento Steven Spielberg, o rei Ricardo Coração de Leão no pipoca Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões, de Kevin Reynolds, a versão light de Allan Quatermain em A Liga Extraordinária, de Stephen Norrington e a voz de Draco (que em português, infelizmente foi dublado por Miguel Falabella... Argh!) em Coração de Dragão, de Rob Cohen.


E nos papéis em filmes do gênero “A conta de luz não se paga sozinha não, sabiam?” de Connery podem ser citados Sir August de Winter em Os Vingadores, de Jeremiah S. Chechik, o tenebroso, execrado e odiado Higlander II – A Ressurreição, de Russel Mulcahy (que tentou remediar o que havia feito com sua versão pessoal do filme, em 1995) e, é claro, Zed, em Zardoz, de John Boormam, que é incomentável.




[caption id="attachment_3858" align="alignleft" width="176" caption="... ao bagaceríssimo Zed"][/caption]


Sean Connery ainda fez muitos outros filmes (eu infelizmente não assisti ao renomado O Homem Que Queria Ser Rei, de John Huston) e até chegou a ganhar o Oscar de Ator Coadjuvante pelo personagem Jim Malone em Os Intocáveis, de Brian de Palma, e o BAFTA (British Academy of Film and Television Arts) de Melhor Ator por O Nome da Rosa, e sua idade avançada não impede que ele continue lutando para que a Escócia se torne independente da Inglaterra.


Deve ter sido para calar a boca dele que o sagraram “Sir” em 2000...


Sir Thomas Sean Connery ficou de boca bem fechada, mas Sean Connery, não...

5 comentários:

  1. Sean Connery é um bom ator, mas não sei se ele atua bem, ou os filmes que ele participa é que são bons, como A Caçada ao Outubro Vermelho, que, para mim, é o melhor filme dele, mas não por ele e sim pela trama em si. Em nome da rosa é outro filme excelente, porém não podia ser por menos com um autor daquele gabarito.
    Enfim, depois que Titanic ganhou uma cacetada de Oscars, não é um prêmio de academia nenhuma que muda minha visão sobre atuação de algum artista, mas considero ele um bom ator para os papéis que lhe oferecem, mas duvido que ele faria um personagem diferente de um "Chuck Noris" classudo com sotaque inglês.

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  2. Concordo que Sean Connery não é lá o melhor ator da face da Terra, Rafael, mas ele sem dúvida deixou sua marca na Sétima Arte.

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  3. O Zed prova que todo mundo tem um passado negro, TODO MUNDO!!!

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  4. Caro Fábio,
    Admito que em tempos idos eu não tomei aquela que poderia, levando-se em conta a conjuntura do momento, a que poderíamos chamar de "melhor escolha" no...
    Tá bom, tá bom, eu admito!
    Eu votei no Collor!
    Mas não fui só eu, tá?
    NÃO FUI SÓ EU, PÔ!
    Vai te catar...

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  5. Que M#@$ Jax! Por que foi votar se pessoas com mais de 60 não precisam mais votar? Votou só porque ele andava de jetski, né? Confessa!

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