sábado, 5 de dezembro de 2009

Kelevala

Por Rafael


Ganhei de aniversário a edição em português da editora Atelie Editorial do épico finlandês Kalevala. Esta edição, bilingue, resulta do trabalho de pesquisa, compilação e composição do erudito romântico Elias Lönnrot (1802-1884), a partir de diversas fontes da tradição oral camponesa da Finlândia que depois foi traduzido para o português por Álvaro Faleiros e José Bizerril. O texto completo é composto por cinquenta cantos, mas a edição brasileira trás apenas a rimeira parte deles.


Para os fãs de Tolkien é uma obra importante pois Tolkien era um apreciador da Kalevala e o texto foi de grande influência para ele tanto em seus livros quanto em suas línguas.




A primeira edição do Kalevala foi publicada em 1835, por Elias Lönnrot, sendo composta pelos poemas populares que ele recolheu. A poesia lírica antiga, com um metro singular de quatro troqueus, baseado nas relações da acentuação das palavras, vivia na tradição dos povos de língua fino-ugriana da região do Báltico, há mais de dois milênios.



Quando o Kalevala foi publicado, a Finlândia era, há 250 anos, um Grão-Ducado da Rússia, tendo antes disso pertencido ao Reino da Suécia até 1809.


O Kalevala foi um ponto de viragem na evolução da cultura de língua finlandesa, tendo também despertado interesse fora do país. Entre os finlandeses, a obra fez nascer a confiança nas possibilidades da sua própria língua e cultura e, além fronteiras, levou um pequeno povo desconhecido à consciência dos outros povos europeus, ganhando assim o estatuto de epopeia nacional.


Lönnrot, ajudado por alguns amigos, continuou o trabalho de recolha da poesia popular, conseguindo material novo em grande abundância. Lönnrot usou este material para publicar a segunda, mais alargada versão do Kalevala em 1849. É esta nova versão que, desde então, tem sido lida na Finlândia e servido de base à grande maioria das traduções para outros idiomas.

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