quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Deus fez o homem a sua imagem e semelhança

Por Rafael


Por que Deus fez o homem a sua imagem e semelhança?


Para análise dessa questão é necessário pesquisar as origens do pensamento pré-Igreja Católica, a idéia de vida e morte e o culto a ambos. A igreja Católica originou-se, segundo ela, em aproximadamente 30 d.C., quando Jesus Cristo morreu. Porém, nos seus primeiros 280 anos, o Cristianismo foi banido pelo Império Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos. O Imperador Romano Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o Império Romano, que naquela altura começava a se fragmentar e a se dividir. Constantino se converteu e legalizou o Cristianismo pelo Edito de Milão, em 313 d.C e,  em 325 d.C., conclamou o Concílio de Nicéia, em uma tentativa de padronizar e unificar a religião.


É necessário, então foco na cultura romana, mais genericamente Européia, ou ainda mais remotamente, nos povos indo-europeus. As gerações mais antigas, bem antes dos filósofos, já encaravam a morte não como uma aniquilação do ser, mas como simples mudança de vida.


Tais crenças podem ser vistas nos ritos fúnebres, que foram registradas por inúmeros escritores. Virgílio descrevia com precisão tais ritos e em Ovídio e em Plínio, o Moço, ele relatava o sepulcro da alma junto ao corpo.


Os povos oriundos dos indo-europeus (que incluem grande parte da Europa, Oriente Medo e Índia) acreditavam que sem um ritual fúnebre, a alma do falecido vagaria eternamente de forma errante pela terra, por isso tinha o costume de, ao término da cerimônia fúnebre, repetir 3 vezes o nome do falecido, seguido da expressão “passe bem” e, ao final, “que a terra te seja leve”, conforme pode ser lido nos textos da Ilíada (sit tibi terra levis). No epitáfio escrevia-se que ali o defunto repousava, tradição esse que sobrevive até os dias atuais, onde, mesmo acreditando-se que a alma sobe ao céu, escreve-se que ali o morto repousa, de forma totalmente sem sentido.


No túmulo ainda colocavam objetos pessoais do falecido, bem como comida, bebida, armas, vestes, jarros... Da crença primitiva originou a necessidade do sepultamento para que a alma se fixasse à moradia subterrânea dessa segunda vida, fornecendo subsídios para seus sustento, cobrindo de terra para que a alma não vagasse errante. Em Plauto, Mostelaria, há uma descrição de um enterro sem o devido rito, em que a alma vaga, penada. Não li Plauto, mas recomendo a leitura de Antígona para que se perceba a importância do rito.


Aquele que vivia debaixo da terra não estava totalmente liberto das condições humanas, necessitando alimento. Por isso, em alguns dias do ano, adornava-se o túmulo com grandes grinaldas de flores, junto com doces, frutas, sal, leite e vinho. Tais ritos são preservados em muitas culturas e religiões. No Nordeste brasileiro utiliza-se a expressão “beber o morto” durante o velório, oferecendo bebida aos convidados e ao próprio defunto. Na umbanda, oferece-se bebida e comida aos mortos, chamadas oferendas, para que graças sejam alcançadas. Cristãos derramar um pouco de sua bebida “para o santo” antes de beber.


Mais tarde, entre os gregos, criou-se o hábito de construir, diante de cada túmulo, um lugar destinado à imolação e ao cozimento da carne, de modo que ao morto que coisa nenhuma lhe fosse oferecida, estaria condenado à fome perpétua. Por isso os ritos eram necessários e sagrados, tendo-se os mortos como entes sagrados. Os gregos chamavam os mortos de deuses manes (Dis Manibus) e seus túmulos, o templo dessas divindades.


Descendente dos mesmos indo-europeus, os indianos tinham o mesmo culto grego. Deviam oferecer aos manes a refeição chamada sraddha. O Código de Manu dizia que “quando o sraddha é oferecido segundo os ritos, os antepassados daquele que oferece o banquete experimentam uma satisfação inelutável”.


Os gregos chamavam as almas humanas divinizadas pela morte de demônios (dáimon) ou heróis (héros) e os latinos de lares, larvas, manes ou gênios. Se acontecesse de um morto não receber as oferendas, se tornaria ser malfazejo. Com o maior controle do Estado sobre a população e a criação das primeiras leis (Código de Hamurabi e Código de Manu), surgiram punições que, muitas vezes, iam além do corpo do infrator, punindo algo mais sagrado que sua própria liberdade, integridade ou vida. Punições que privavam uma família da celebração dos ritos fúnebres eram penas maiores que as que privavam o infrator de garantias naturais.


Passou-se a fazer desse culto algo mais interno, mais pessoal, trazendo para dentro de casa, ao invés de um “cemitério” comum a todos. O ato fúnebre não mais era praticado publicamente, a fim de que as leis não interferissem nas relações dos vivos com os mortos. Os gregos mantinham um altar sagrado dentro de casa, longe dos olhares dos curiosos, mas num local onde todos os familiares pudessem ver e, no altar, o fogo sagrado. Na Índia, a religião Brama exigia que o brâmane mantivesse em seu lar, aceso dia e noite, o fogo dos mortos e, tal como para os gregos, era necessário oferecer bebida e comida a esse altar. Eles tinham seus mortos como verdadeiros deuses, oravam por eles e pediam-lhes dádivas, ofertando saciação de suas necessidades. Imaginavam os deuses como seres sôfregos, não só de honras e respeito, mas também de bebida e alimento. O homem, para evitar-lhe a cólera, julga-se, assim, obrigado a saciar-lhes a fome e a mitigar-lhes a sede.


A primeira invocação, em todos os sacrifícios passou a se dirigir ao fogo e seu altar. O velho culto do “lar” submeteu-se à inteligência comum. O altar do fogo virou símbolo religioso e recebeu o nome de héstia ou vesta (em latim ou grego). Vesta foi personificada e deu origem à deusa grega, representada na imagem feminina, pela palavra usada para designar o altar ser do gênero feminino, provavelmente. Vesta, nada mais é do que “chama viva”, em grego, e surge como a deusa virgem, imaculada pela também imaculada imagem do fogo do “lar”, diferente do fogo natural, impuro e profano.


Natural que o homem passasse a reverenciar o que lhe fosse sagrado com uma personificação humana. O panteão grego, bem como o de muitos povos nórdicos, era composto de seres semelhantes ao homem, muitos até com virtudes e defeitos, tais como seres humanos comuns. Quando a religião Católica Romana foi “legalizada” e intencionalmente institucionalizada para unificação do Império Romano, acabou por absorver diversos conceitos das religiões e crenças então existentes.


A inspiração para a imagem de Deus, deus da religião Católica, provavelmente tenha vindo de Zeus, que, por conseguinte, veio de crenças mais antigas, inspiradas nos Manes e Lares, que nada mais eram que homens comuns que haviam falecido. Daí a ligação entre a imagem de Deus e do homem. Por isso se diz que Deus fez o homem sua semelhança.

29 comentários:

  1. Interessante, isso só ratifica que:

    Dizer que Deus fez o homem sua semelhança não passa de uma teoria cristã, uma crença sem nenhum fundamento ciêntifico.

    Bacana o texto, parabéns.

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  2. Observamos a mesma expressão de pontos de vista diferentes. Entretanto, sua conclusão tem um equívoco cronológico e um histórico: (1) Quando as escrituras descreveram a expressão do homem criado à imagem de Deus, Zeus ainda não havia sido idealizado, até por que, o povo que o idealizou não existia. (2) A expressão provém das escrituras hebraicas, conhecida como Torá pelos judeus, que os cristãos adotaram como Palavra de Deus e a chamam de Velho Testamento.

    Primeira vez que a frase é escrita nas escrituras acontece em Gênesis 1.27: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou". É muito controverso afirmar uma data sem conflitos ideológicos para o livro de Gênesis, mas tendo a crer que tenha sido escrito entre o período Êxodo dos judeus do Egito, e por isso, livre cronologicamente das influências que você descreveu no seu texto. Para mais detalhes sobre a autoria de Gênesis, veja minha opinião em: http://marceloberti.wordpress.com/2009/08/07/o-livro-de-genesis/

    Alguns argumentam que a visão da criação do homem tenha sido herdada e adaptada das mais antigas cosmogonias egípcias. Entretanto, a arqueologia e o estudo histórico desses relatos da criação tem demonstrado novas conclusões para essa visão. Apesar das similaridades, as diferenças essenciais foram observadas e por isso, tendo a crer que essa argumentação não é aceitável. Sobre isso, veja minha opinião em: http://marceloberti.wordpress.com/2009/10/19/o-dilema-da-criacao/

    Como minha análise é feita sob o prisma da teologia, temos que admitir que teremos nossas diferenças ideológicas. Mas reconheço que esse diálogo é saudável e produtivo.

    Valeu pela indicação do artigo. Também foi enriquecedor.

    Um grande abraço,
    Marcelo Berti

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  3. Marcelo, Li teus dois textos e, infelizmente, não encontrei referência histórica neles. Não há datas, mas mesmo assim são bem interessantes.

    Sobre a cronologia e história, acredito que o equívoco seja teu. A religião católica (cristã) é posterior, sim, à religião grega. Se leres no início do meu texto, a religião foi instituída em Roma por Constantino em 325 d.c., ou seja, séculos depois de qualquer referencial à religião grega. Mesmo que a religião seja "baseada" em escrituras hebraicas, minha teoria segue correta, uma vez que os hebreus são de origem indo-européia.

    Abraço!

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  4. Rafael,

    Não pretendo transformar esse assunto em debate... já existem suficientes na internet. Não quero defender aqui o criacionismo, nem a relação entre a escritura judaico-cristã (Bíblia). Lembre-se apenas que a Teologia Judaica já usava o conceito de Imagem de Deus antes dos cristãos. Observe por exemplo a literatura judaica pré-cristã: Em Sabedoria de Salomão já lia-se: "Deus criou o homem para a incorruptibilidade e o fez imagem de sua própria natrureza" (2.23). A Teologia da Imagem e semelhança é pré-cristã e anterior a filosofia grega. Esse é um bom exemplo de que a Teologia da Imagem de Deus é anterior à influência grega.

    Entretanto, Filo de Alexandria, judeu helenizado, aproximou a teologia judaica da filosofia grega e certamente influenciou escritores cristãos em suas considerações teológicas. No período primário da fé cristã (anterior a Nicéia), a filosofia grega certamente exerceu grande influência sobre os Teólogos cristãos, especialmente os Alexandrinos. Orígenes de Alexandria pode ser contado entre esses que escreveram completamente incluênciado pela filosofia, sendo considerado pelos mais críticos como um herege. Esses são claros exemplos do que você parece defender em seu texto.

    Sobre Constantino, o equívoco que você comete é comum, mas não o torna válido. Constantino não é, por assim dizer, o fundador da religião Católica. A igreja cristão já existia e exercia influência no Império. Sobre isso, leia o historiador (agnóstico) Bart Ehrman em um dos livros:

    (1)Evangelho Perdidos, pp. 361-362 em que ele fala da popularização do cristianismo com Constantino e não fundação. Nesse texto ele claramente diz: "Alguns historiadores acham que Constantino viu na Igreja cristã uma forma de trazer unidade". Ou seja, a igreja já existia, mas a unificação e definição da Igreja como parte do Estado acontece com ele.

    (2) A verdade e ficção em O Código DaVinci, pp.29-42 quando trata especificamente do papel de Constantino no início do Cristianismo. Na página 35 sobre Constantino ele diz: "Constantino impos a cessassão das perseguições aos cristãos em 313E.C., um ano depois de se converter".

    Um grande abraço,
    Marcelo

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  5. Marcelo, sobre Constantino, não cometi equivoco nenhum. Apenas disse que ele institucionalizou a religião e não que ele inventou ou escreveu a Bíblia.

    O que estás dizendo aí, é o que digo em meu texto: quem quer que tenha criado, inventado, escrito, ou idealizado o cristianismo teve influência indo-européia e, por conseguinte, de suas crenças.

    Faço uma abordagem científica e não teológica, por isso a idéia diferente sobre o assunto, mas ainda acho que todo assunto deve ter uma fonte confiável. Mesmo dentro da teologia, acredito que deve existir fonte mais dentro da "logia" que "o Código DaVinci", "A verdade e ficção em O Código DaVinci", "Desvendando o Código DaVinci", "Virando do avesso o Código DaVinci"...

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  6. Hehehe... O livro a que você se refere tem esse nome infeliz, mas é escrito por um dos representantes da National Geografic para assuntos do Cristianismo Histórico. No documentário sobre o Evangelho de Judas, por exemplo, ele é um dos historiadores entrevistados.

    Talvez, por desconhecimento seu, hoje ele é o mais influente representante quando o assunto é Cristianismo Primitivo. Detalhe, ele não é cristão e escreve sereveramente contra idéias centrais do cristianismo. Esse autor tem um pouco mais de credibilidade do que você está supondo. Visite: http://www.bartdehrman.com/

    Sobre as influências indo-européias, preciso salientar, que acho que você está equivocado. Uma das suas fontes diz o seguinte: "Os indo-europeus primitivos viveram há mais ou menos quatro mil anos, provavelmente nas proximidades do mar Negro e do mar Cáspio" (http://arqueofuturista.wordpress.com/2006/10/12/os-indo-europeus/). Ou seja, ele fala em 2000 a.C, período em que o Hebraico, como idioma já era estabelecido há bom tempo.

    Embora se tenha divergências quanto a datação e origem do Hebraico, normalmente diz-se que "o Hebraico pertence às línguas afro-asiáticas que teriam surgido no Nordeste da África, e começou a divergir nos meados do oitavo milênio antes de Cristo"(http://pt.wikibooks.org/wiki/Hebraico/Hist%C3%B3ria_do_hebraico) Uns milênios antes.

    As línguas afro-asiáticas pertencem a outro tronco linguístico que as indo-européias, e portanto, dão origem a outros idiomas. Segue-se que é pouco provável que exista essa influência, que você parece supor.

    Por isso, tenho a impressão que os históricos críticos do cristianismo estão mais acertados quando dizem que as cosmogonias que exerceram influência sobre os escritos hebraicos antigos foram as cosmogonias egípcias e não as indo-européias, como você sugere.

    Sobre ser científico, realmente não vi nada científico no seu texto. Não há referências, não há indicações de livros. Exceto os links, não vejo suas fontes. Você tem outras fontes, mas isso não o faz científico.

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  7. Rapazes... existe um mundo lá fora...

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  8. Wikipédia e NatGeo, o canal da TV paga como referencial científico? Faça-me o favor! Eu não conhecia o Bart, que deu uma entrevista num documentário da NatGeo, graças ao meu bom deus, pena que me apresentaste a ele...Dan Brown, David Blane e David Copperfield devem ser os mestres da ciência.

    Eu coloquei referências, acho que tu não entendeste ou não leste todas as palavras direito. Antígona, Plauto, Coulanges, Código de Hamurabi, Código de Manu... (Referenciais históricos. Textos que relatam, masmo que em tragédias, o cotidiano daquela gente)

    Eu sei que não vais desistir enquanto não catequisar alguém aqui no Fantástico Cenário, mas já aviso: vai ser inútil. Hehehe

    Enfim, essa é minha última réplica, mas sei que não será tua última.

    Não tem como refutar dógmas com fatos. Se vocês canonizaram um padre e o tornaram santo porque conseguia "voar", não posso fazer nada além de dizer que nenhum ser humano é capaz de voar.

    Concordo com 2 coisas: "existe um mundo lá fora", como diz o Fábio e "japoneses têm hobbies", como diz o Ícaro.

    Passar bem.

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  9. Não sei pra que tanta ira... Deve ser muito ruim para um CIENTÍSTA como você ouvir falar sobre assuntos que desconhece.

    Sobre "vocês canonizaram", por favor, você não me conhece. Não sou farinha deste saco.

    Sobre suas referências, Sr. CIENTÍSTA, uma centena de pessoas examina os materia que você apresenta. Onde estão as referências credenciadas da CIÊNCIA? Há... no ArqueoFuturismo OnLine... um site referência para Jornais de Arqueologia (hahah - Faça me rir).

    Sobre fatos e dogmas, não defendi nenhum dogma, e seus fatos não parecem apurados. Deve ser isso sua frustração.

    Sobre catequisar, nem é, nem nunca foi minha intenção. A intenção era dialogar, o que com CIENTÍSTAS como você não dá, por que acham que por que são CIENTÍSTAS são melhor e mais informados do que pessoas, especialmente aquelas que estudam Teologia (pobres ignorantes).

    Portanto, Sr. Visão Científica da vida, encerro aqui minha participação.

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  10. Bah... acho que terminou. Que cara tosco. Não fala nada com nada. Típico de quem não tem no que se basear. Essa gnte sempre vem dar a última palavra SEMPRE. Me admira ele não rogar uma praga nem te desejar que jesus te ilumine, da forma mais cínica do mundo.

    Cara não dá bola. Teus textos são muito bons. Já tinha gostado dos contos do Jaques também. Parabéns pelo blog. Sucesso!

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  11. Só uma dica pro mané: leia mais!

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  12. Gostei de ver que ele virou fã do blog! Entra pela manhã, tarde e noite! E responde como se fosse um chat! Tá ligadão aqui! hehehe

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  13. Muito bom o texto. Muito bem ligado e referenciado. Você pode indicar algum outro autor que fale sobre religiões da antiguidade? Obrigado!

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  14. Bandeira, concordo contigo e não faz nenhum sentido o que esse cara tá escrevendo. Ele não dá nenhuma informacao correta e quando retruca, fala do assundo que lhe vem a mente. Não dá pra bater boca com esses caras. Eles nunca vão aceitar um fato histórico. Bom, tu sabe bem do que to falando.

    Parabéns pelo blog de novo.

    Abração!

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  15. Eu li o texto, pois estava procurando algo relacionado na internet....
    Não posso deixar de registrar que, realmente não é apenas as crenças cristãs que tinham a "ideia" de um deus semelhante ao homem.

    Mais dizer que o livro de Genesis da Bíblia teve influência das tais Indo-européias me fez ter um ataque de risos (me perdoe). É muito fácil para qualquer leigo saber que a bíblia cristã tem parte da sua literatura retirada da Torá uma espécie de livro de história dos Judeus, sagrado pra falar a verdade, mais escrevo isto para informa-lo que o Hebreus não tiveram influência Indo-Européia. Quando o livro de Genesis foi escrito... bom Marcelo Berti já explicou bem esta parte da cronologia no seu comentário e eu que não estudei especificamente teologia, apenas História, posso dizer seguramente que ele está correto.

    Mais importante o sentido das palavras "imagem e semelhança" que o judaísmo e o cristianismo original, não esta instituição que Constatino criou para manter o poder, fala apenas que a natureza humana é parecida ou como dizem semelhante a Deus, não estamos falando de aparencia física aqui.
    E finalmente nenhum cristão ou judeu poderia reproduzir o Deus que eles acreditam em uma imagem ou pintura, pois, este Deus não foi visto e não foi nem mesmo descrito físicamente a não ser de forma figurada.
    Seria até mesmo uma blasfêmea para um verdadeiro Judeu o Cristão pintar Deus em um quadro já que para eles exatamente como está escrito em algum lugar na Bíblia que não tenho tempo para procurar agora, o ser Humano não seria capaz de reproduzir toda a glória de Deus seria uma ofença a Deus achar que uma pintura pudesse ser parecida com Deus..

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  16. Caro Leandro,

    Eu também teria ataque de risos se a situação não fosse tão triste. Estou repsondendo a pessoas que não leram meu texto! Sei que computadores são máquinas modernas incríveis, todo colorido, com sons lindos, MSN, Orkut, Skype... enfim, um monte de coisa que tira nossa atenção e nos deixa maravilhados. Mas digam-me, onde é que eu falei da Bíblia? Eu não cito a Bíblia em local nenhum! (aperte Ctrl + F e digite "Bíblia" - sem aspas - pra tentar localizar) Eu não disse que a Bíblia é influenciada pelos Indo-Europeus!!! Eu disse que os homens acabaram associando a imagem de Deus com um homem comum por causa de todo um histórico de veneração aos seus familiares falecidos. Fim de papo. Jesusinho Cristinho! Eu nunca tocaria no fato de como a Bíblia teria sido escrita com medo que muito mais gente viesse contar suas teorias e tentar me banir da sociedade.

    Sobre as palavras "imagem e semelhança", que usei no título, era justamente para fazer uma alusão à crença. Vou ter que explicar, embora achei que os bons entendedores não precisassem: é como se fosse um trocadilho, hã?! Entendeu agora? Um título pra chamar atenção. Tcharãns! Inteligente da minha parte né? Inventei isso sozinho!

    Sobre cristãos e judeus pintando Deus, tu é que estás dizendo. Eu não sei se isso é permitido ou não pelo cristianismo ou judaismo, mas que a Igreja Católica pedia pro Michelangelo pintar ela pedia (ou, ao menos, permitia).

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  17. Caro Paulo Henrique,

    Recomendo muito a leitura de clássicos da antiguidade, como Ilíada, Plauto e Cícero, pois mesmo sendo tragédias, elas relatam, da melhor maneira, o cotidiano daquele povo. Recomendo, também, La Cité Antique, de Fustel de Coulanges, que já havia citado num outro post. Vale a pena ler também as leis de Manu e de Talião. Procure, se quer ir além de hebreus e indo-europeus, o império axuíta (Axum, na África).

    Abraço!

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  18. Olha Se no minimo VCs Acreditassem na Bíblia Eu poderia Provar pra vcs qee essa teoria não tem nada avÊ, Boom quem tiver a Duvida e tiver uma Bíblia em casa Por favor Estude A bíblia, Eu sei exatamente qual é o Livro, Capitulo,E versiculo Que fla sobre a Criação :Genesis, Capitulo 1até o Capitulo três Leia Talvez Tire um pouco Da sua Duvida (pra quem não sabe Genesis è o primeiro Capitulo da Biblia).
    Só PRa vcs Terem uma Idéia Eu tenho 12 anos cheio de vontades cheio de desejos Mas Eu decidi Escolher o caminho de Deus (desde de já deus abençõe a todos ).

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  19. Não vou entrar no debate. Só vou declarar:

    - Eu li!

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  20. Amigos, a Palavra de Deus diz em eclesiástes 12:12: "De se fazer muitos livros não há fim, e muita devoção a eles é fadiga para a carne".

    Em termos simples, muitos são os livros escritos pelo homem, movido pelo espírito satânico, no intuíto de macular a Verdade de Deus.
    Embora existam pessoas que não acreditem na criação, a verdade é uma só:"No princípio Deus criou os céus e a terra...e Deus prosseguiu dizendo, façamos o homem a nossa imagem, segundo a nossa semelhança...Genesis 1:1,26.
    Tudo além disso, é pertencente ao iniquo.

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  21. [...] com que tais regras fossem respeitadas rigorosamente. Henry Summer Maine[1], já citado em meu outro texto sobre a influência religiosa em nossas percepções, categoriza nossa evolução normativa em 3 [...]

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  22. [...] Deus fez o homem a sua imagem e semelhança « Fantástico Cenário Deus fez o homem a sua imagem e semelhança « Fantástico Cenário. [...]

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  23. [...] Ododrico Paraguassú, como escrevi nesse outro post, quem grita mais alto ganha atenção. Também discuti fatos com um “estudante” de teologia, que me citou como fontes de estudo History [...]

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  24. E ae Rafael, td bom!

    Gostei muito desse texto, me interesso muito por qualquer coisa de história. Acho interessante esse estudo para poder mudar alguma coisa nesse mundo, tentando mudar alguns erros do passado.

    Refletindo sobre seu texto dá pra se perceber como o passado está atrelado a nosso presente, e estudando história podemos perceber como erros e acertos ainda podem ser notados hoje, mais erros q acertos rsrsrs.

    Eu acho q as divindades do passado, q ainda existem pq o mito não morre, tem muitas características humanas como vc escreveu, principalmente falhas humanas. De fato adorar um deus vingativo nunca vai fazer pessoas melhores, isso na verdade é se olhar no espelho e ver seu próprio reflexo.

    Será q foi deus q fez o homem sua imagem e semelhança ou foi o homem q fez deus a sua imagem e semelhança?

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  25. Bem, sabemos que Deus, o Deus das religiões de Abraão (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo), foi feito à nossa imagem e semelhança. E neste seu post você explicou muito bem alguns dos motivos pelos quais isso ocorreu. Eu apenas gostaria de complementar suas informações dizendo que a igreja católica não teve origem exatamente no ano 30 d.C. Depois da prisão, "morte" (a morte de Jesus na cruz é questionável) e sepultamento de Jesus, os vários grupos distintos que o acompanhavam deram origem a vários movimentos distintos. O Cristianismo, talvez o único que tenha chegado até nossos dias, foi inventado por Paulo de Tarso muitos anos após a "morte" de Jesus e depois veio a rivalizar com o grupo de seguidores jerossolimitanos (os discípulos judeus) que ficaram famosos como os 12 apóstolos. Abraço... Roni (http://pensamentoemextincao.wordpress.com)

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  26. TERIA O HOMEM INVENTADO DEUS,(futuro)

    TERIA DEUS CRIADO O HOMEM,(passado)

    FEZ O HOMEM DEUS, A SUA SEMELHANÇA (futuro)

    CRIOU DEUS O HOMEM A SUA SEMELHANÇA ... (passado)
    " tudo é transitório"

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  27. Na verdade, "Teria o homem inventado deus" e "Teria deus criado o homem" é Futuro do Pretérito do Indicativo. Já "Fez o homem deus a sua própria semelhança" e "Criou, deus, o homem a sua semelhança" é Pretérito Perfeito do Indicativo. Não entendi o que é transitório.

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  28. Provavelmente a lógica utilizada.

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